Alain Delon, o galã de voz de anjo

Alain Delon, o galã de voz de anjo

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Alain Delon nasceu na pequena comuna de Sceaux, próxima de Paris, a 8 de novembro de 1935 (sete anos antes da invasão de França por parte da Alemanha Nazi). Os primeiros anos de vida foram conturbados. Primeiro com o divórcio dos pais, depois com a trágica morte do casal que o educou. O reencontro do jovem Alain com a mãe, Edith, que, entretanto, casara novamente, aconteceu anos mais tarde, mas não impediu a infância problemática, caracterizada por um comportamento errático, que levou a que fosse expulso de inúmeras escolas e que deixasse de estudar com apenas 15 anos.

Sem rumo certo, alistou-se na Marinha aos 17 anos. O cadete Delon partiu para a Indochina para ajudar a defender esta parte do império colonial francês no Oriente.

De volta a França, depois de concluída a sua passagem pela Marinha em 1956, Alain Delon mudou-se com os seus parcos haveres para a grande cidade de Paris. Numa das mais efervescentes capitais culturais da Europa, que aos poucos voltava a ganhar o brilho dos anos anteriores à guerra, dividiu-se por múltiplos trabalhos. Foi porteiro, garçom e vendedor.

Na “cidade das luzes” foi vizinho da cantora Dalida, com quem teve um relacionamento fugaz que acabou por se tornar numa sólida amizade. Foram as mulheres que conheceu neste período que o incentivaram a seguir uma carreira como ator, mas foi graças a um convite feito por Jean-Claude Brialy, membro da nouvelle vague, que fez a viagem que ia mudar a sua vida. Pela primeira vez, de muitas, pisou a passadeira vermelha do mítico Festival de Cinema de Cannes. Com uma beleza estonteante, Alain Delon fez furor em Cannes e recebeu um convite do realizador e produtor americano David O. Selznick, que o considerou uma estrela em ascensão. Mudou-se para os Estados Unidos, onde aprendeu a falar inglês.

De volta a Paris, e com o objetivo de se transformar na grande próxima estrela do cinema francês, Delon começou uma carreira de sucesso. Estreou-se com o filme “Uma tal Condessa”, de 1957, onde dava vida a um assassino a soldo de pontaria afinada e olhar penetrante. Estas características foram as impulsionadoras de uma popularidade em crescendo, só comparada com a de outra estrela francesa bem conhecida, Brigitte Bardot.

No ano seguinte, o galã francês contracenou com Romy Schneider em “Christine” e a química no grande ecrã passou para a vida real. Durante cinco anos, formaram um casal apaixonante que fazia as alegrias da imprensa e dos fãs. Neste período, o conhecido ator protagonizou “Plein Soleil”, película baseada no livro “The Talented Mr. Ripley”. Os penetrantes olhos cinzentos de Delon, na altura com 25 anos, fizeram com que se tornasse no assassino mais sedutor do cinema europeu.

Durante 51 anos de carreira, Alain Delon protagonizou inúmeros sucessos e construiu parcerias bem proveitosas, como a que teve Luchino Visconti. Foi sob a lente do realizador italiano que alcançou o ouro em Cannes e uma indicação ao Globo de Ouro com “O Leopardo”, filme onde o galã, com ar de durão, cimentou o lugar como um dos mais proeminentes atores europeus. O charme exibido no grande ecrã, acompanhado de uma aura de mistério que se adensava com a recusa de representar papéis em inglês, fez com que fosse considerado um sex symbol dos anos 60 e 70 do século XX.

Mas aquele que é considerado um dos homens mais bonitos de França, sempre quis ser visto para além do seu físico. Ator talentoso, também fez sucesso no mundo da música. Foi ao lado de Dalida que demonstrou os seus dotes vocais no tema “Paroles, Paroles”, um sucesso nas tabelas musicais em 1973.

Alain Delon também protagonizou inúmeras campanhas publicitárias, emprestando cara e nome a marcas de roupa, perfumes, óculos e cigarros. Mesmo tendo abandonado o cinema na década de 90, continua a ser um dos nomes mais reconhecidos e admirados da sétima arte francesa. Aliás, durante cerca de 30 anos, foi o ator mais bem pago do seu país.

Homem de vários amores, e de alguns escândalos, durante o período em que esteve casado com Nathalie Delon, sua primeira mulher, foi associado ao homicídio de um dos guarda-costas do casal. Na altura, a imprensa escreveu muito sobre este caso e as investigações policiais pareciam apontar para o envolvimento de Delon, mas também de outras personalidades da época, como o presidente francês Georges Pompidou. À época, várias figuras foram interrogadas pela polícia, mas as autoridades nunca conseguiram terminar a investigação, que conheceu várias teses. Esta morte, nunca deslindada, continua a ser um dos mitos urbanos que envolve o nome do galã. Em 2018 viu o seu nome novamente manchado, desta vez por alegados maus-tratos à mãe dos seus dois filhos mais velhos. Alain negou veementemente as acusações de que foi alvo e não temeu admitir que pensou em suicidar-se após a separação de Nathalie Delon.

Em Cannes, quando recebeu a Palma de Ouro Honorária das mãos da filha Anouchka que, tal como o pai, é atriz, a lenda francesa relembrou com lágrimas nos olhos, uma carreira repleta de sucessos. Meses mais tarde, Delon sofreu um AVC do qual se encontra a recuperar. Figura incontornável do cinema europeu, e um dos franceses mais reconhecidos no mundo, Alain Delon vive atualmente na Suíça, junto da família.

 

Sweet Margarita

Sweet Margarita

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Desde tenra idade que ela faz de Portugal a sua casa. Foi em terras lusas que aprendeu a amabilidade de bem receber e foi onde Margarita Pugovka se iniciou no mundo da Moda, ao ser abordada num processo de scouting. Desde então, tem fotografado para os principais nomes da imprensa nacional, desfilado para criadores de renome e figurado campanhas publicitárias com destaque internacional. Da alta-costura à alta-doçaria, Margarita é também uma Chef de pastelaria com cada vez mais notoriedade no mercado da culinária.

Apanhar borboletas, trepar às árvores e esconder-se nos campos dos avós na Letónia, onde nasceu e cresceu até aos 8 anos, são algumas das memórias que Margarita Pugovka guarda da sua infância. Sem saber, já naquele tempo apreciava uma das áreas que, mais tarde, viria a ser uma das suas paixões, à qual dedica parte da sua vida profissional atualmente: a culinária. Interessava-se pelos produtos frescos e relembra o cheiro a comida que crescia e se espalhava pela casa dos avós, o cheiro que abraça o estômago e nos transporta para o conforto do lar.

Carregada de boas memórias, mudou-se para Portugal quando os pais decidiram emigrar para terras lusas. Relembra que foi por cá a primeira vez que viu laranjas a crescer na rua e que foi quando aprendeu a receber a afabilidade das pessoas.

Entre a sua chegada a Portugal e a entrada no mundo da Moda, a distância temporal foi curta. Aos 15 anos, foi desafiada pela agência Central Models, para entrar num concurso. Acabou por vencer e a partir daí soma presenças em desfiles e campanhas publicitárias a nível nacional e internacional.

Com o passaporte carimbado, figurou uma campanha mundial para a Marc Jacobs, conheceu novas culturas, contactou com criativos de diferentes nacionalidades, degustou as diferentes gastronomias do mundo e começou a mergulhar e combinar as duas áreas que tanto a apaixonam.

Recebida a desenvoltura que o mundo da Moda acarreta, Margarita decidiu começar a planear e desenvolver a sua expertise, numa área paralela à da Moda. Desta forma, como percebeu que a culinária já estava no seu percurso desde cedo, e que continuava a ser onde desenvolvia a sua criatividade, decidiu apostar na sua formação.

Juntou-se a gula à vontade de querer inventar algo único e nasceu a aposta de Margarita na pastelaria. Entrou na edição portuguesa do concurso MasterChef e terminou num honroso terceiro lugar. Desde então, tem investido na doçaria, estagiou na pastelaria Ladurée e, atualmente, encontra-se, por convite de um conhecido grupo hoteleiro, a desenvolver a sua arte na Madeira.

Hoje, da Moda e doçaria, fica o desejo de Margarita de desenvolver uma sobremesa em conjunto com um stylist de Moda, onde a criatividade das texturas e tecidos transcenderá o limite visual e vai incorporar os domínios do paladar e da degustação.

 

Fotos do portfólio da Margarita gentilmente cedidas pela Central Models

Carlos Gil na Eles&Elas 308

Carlos Gil

A IMAGINAÇÃO DUM PROFESSOR E A SUA PAIXÃO PELA  MODA

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É por amor a beleza feminina, nas suas mais diferentes formas, que o Carlos Gil trabalha todos os dias no seu ateliêr do Fundão. Com um percurso onde a moda encontra-se com o ensino desde o início, o estilo que apresenta em todas as suas colecções reforça o seu nome como um dos mais vibrantes e impactantes do mercado nacional.

Com vinte e dois anos de carreira, o designer português é o nosso escolhido para o Prémio Moda 2019/2020.

 

Nascido no final da década de 60 em Moçambique, o mar e a liberdade que só o continente africano consegue transmitir fizeram parte da sua infância até aos sete anos, altura em que se mudou com a família para a florida cidade das cerejas, o Fundão. Foi neste ambiente mais tranquilo e pacato que o amor à moda começou a crescer, mesmo contra a vontade da família que gostava que ele seguisse um outro percurso mas que hoje o apoiam e dão lhe a maior força.

Formado em Design de Moda, teve uma breve passagem pelo ensino e colaborou com empresas exteriores antes de ter aberto, em 1998, o seu primeiro ateliêr Este projecto, que desde então tem marcado pela inovação, surgiu graças ao incentivo e apoio da sua mulher, Carla Neto. Juntos são o corpo e a alma da marca CARLOS GIL, que é sinónimo de sucesso e de perfeição em tudo o que apresentam.

O primeiro desfile de Carlos Gil no Portugal Fashion, a semana de moda mais importante do país e que todos os anos mobiliza dezenas de designers, aconteceu em 2009 com uma colecção de pronto-a-vestir que chamou logo a atenção de todos. Esta primeira apresentação ao grande público fez com que começasse na consolidar o seu nome como um dos mais fortes e vibrantes do mercado nacional, que representa uma parte significativa do PIB português.

Depois da passagem pelo Portugal Fashion, dezenas de outros desfiles seguiram-se até ao esperado “salto” para os mercados internacionais. A primeira apresentação das criações da marca CARLOS GIL no estrangeiro aconteceu na Semana da Moda da Polónia. Com um nome reconhecido e acarinhado a nível internacional, fazendo regularmente parte dos principais cadernos de tendências a nível mundial ao lado da Fendi e da Prada, o designer residente no Fundão esteve presente em Milão. Foi perante o olhar de críticos e alguns dos maiores especialistas internacionais que desfilou as suas  recentes criações.

Quando pensamos na marca CARLOS GIL, esta é normalmente associada a elevados níveis de qualidade. O estilista acompanha de perto todo o processo de criação e de confecção até ao momento do desfile final. Esta dedicação constante ao trabalho faz com que os seus vestidos sejam descritos como especiais, emblemáticos, únicos e inspiradores para todas os que os vestem. São as suas clientes, que o procuram há duas décadas com os mais variados pedidos, o seu maior desafio e a sua maior fonte de inspiração no processo criativo.

Inspirado pelas mulheres e pelas suas formas especiais, Carlos Gil vê Jacqueline Kennedy, antiga primeira-dama americana, como um ícone de beleza e sofisticação que representa a imagem da “mulher perfeita” do século XX. Em Portugal, foi durante dez anos o responsável pelo guarda-roupa oficial de Maria Cavaco Silva.

Em cada colecção que apresenta ao público, o estilista inova e aposta constantemente no uso de novos tecidos de elevada qualidade e estampagens que marcam uma tendência e que ajudam a marcar a beleza feminina em todas as suas formas únicas, autênticas e verdadeiras. Isto pode ser visto no mais recente desfile que protagonizou   onde apresentou as suas tendências para a próxima Primavera/Verão e Outouno Inverno. Em “Mind Games”, a sua inspiração foram as mulheres independentes que saem de manhã para trabalhar mas que de noite, mesmo no carro, mudam de roupa e aproveitam para festejar. Uma mesma mulher, dois estilos bem diferentes mas perfeitamente conjugados por uma mulher moderna, cosmopolita e que se vestem para as 24 horas do dia ao mais alto nível. Das criações apresentadas na passarela, as cinturas altas, os vestidos fluidos e o contraste de cores entre o claro e o escuro foram as principais marcas que deixaram os presentes encantados.

Reconhecido tanto pelos seus pares como pelo público geral, Carlos Gil  foi condecorado com a Ordem do Infante D. Henrique, pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, pelo trabalho feito  tanto em Portugal como no estrangeiro, para onde viaja frequentemente.

A educação é outra das grandes paixões de Carlos Gil e como tal, quando não está focado na criação e na ascensão da sua marca, é presença frequente na ETIC, onde através do curso de Produção de Moda transmite , aos alunos toda a experiência e conhecimentos que adquiriu ao longo dos anos que anseiam fazer um percurso semelhante ao iniciado pelo estilista.

Uma das novas apostas do designer português é a linha de produtos Carlos Gil Home. Esta transporta para a sua casa os melhores aromas do Oriente graças a um conjunto de velas, sabonetes e perfumes com aromas quentes e que trazem consigo uma sofisticação e modernidade que resulta de uma troca de ideias que levam-no a fazer sempre mais e melhor já há 22 anos.

É devido a uma carreira marcada por sucessos e onde a inovação e aposta em novas tendências são uma constante que Carlos Gil é a nossa aposta para o Prémio Moda 2019/2020 da revista Eles &Elas.

Golden Globes 2020

Golden Globes

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Na primeira grande cerimónia de prémios de 2020, o Golden Globes é possivelmente o prémio mais importante antes dos Óscares. Realizado no glamoroso Baverly Hilton Hotel teve como host habitual Ricky Gervais. Os vencedores foram os esperados 1917, Uma Vez Em Hollyhood e o ator Joaquim Phoenix com o filme Joker. Os looks foram mais recortados que o habitual e cores mais exuberantes que iluminaram a passadeira vermelha.

Sag Awards 2020

Sag Awards E A Noite De Um Actor Secundário

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Com os Parasitas a levarem o principal prêmio de melhor filme, Joaquim Pheonix e Rennee Zellweger, sim a atriz de o Diário de Bridget Jones a ganharem os prémios para melhor ator e actriz, foi Brad Pitt que acabou não só acabou por vencer o melhor ator secundário como ainda roubou o os holofotes principalmente com a sua interação com Jannifer Aniston nos Sag Awards 2020 (Screen Actors Guild).

Critics Choice Awards 2020

Uma noite cheia de brilho e celebridades no Critics Choice Awards

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Numa cerimónia que vai a caminho dos Óscares, tivemos uma passadeira vermelha repleta de estrelas em Santa Mónica nos Estados Unidos, numa noite onde Tarantino jogou em casa e venceu o prémio de melhor filme.

A grande estrela da noite no que toca à passadeira acabou por ser Zendaya vestida com duas peças assinadas pelo estilista Tom Ford, usando um vestido rosa choque que acabou por também chocar o padrão formal e trazer um tom mais leve em comparação com as outras figuras presentes.

Na lista de vencedores, “Era Uma Vez em… Hollywood” conquistou o prémio de melhor filme. O realizador Norte Americano ganhou assim mais uma aposta num dos filmes do ano, contando com a participação de Leonardo Di Caprio e Brad Pitt que também venceu o melhor ator secundário.

O Parasita que chocou os Oscars.

O Parasita que chocou os Oscars.

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4 prémios para a surpresa das surpresas, Parasitas de Bong Joon-ho deixou 1917 apenas com os prémios técnicos. A noite foi de derrota para Sam Mendes e para a Netflix. O serviço de streaming partiu com 24 nomeações, e apenas arrecadou duas. A passadeira vermelha, podia ter sido apelidado como passadeira verde, já que o tema sustentabilidade foi o principal destaque do início da cerimonia.

 

 

 

Numa noite que tudo parecia correr como esperado assim que Bradd Pitt subiu ao palco para receber o galardão de actor secundário, por (Era Uma Vez Em Hollyhood) antevia-se uma reedição das cerimónias que antecedem aos Oscars, onde como revelado nesta edição da Eles&Elas, houve uma enorme regularidade nas nomeações e vencedores. Joaquim Pheonix levava o melhor ator por Joker, Renee Zellweger por Judy, até que, para quebrar a monotonia Bong Joon-ho leva o prémio de melhor realizador, algo que parecia prometido ao inglês Sam Mendes. Como uma daquelas histórias de Tarantino onde tudo se revela no fim, o “Twist” final acabou por vir mesmo da boca de Jane Fonda, que anunciava por ultimo o prémio mais importante, o de melhor filme, um prémio quase “prometido” a Mendes até que o realizador coreano Joon-ho teve a audácia de fazer a clássica dobradinha com o melhor filme e realizador juntando o de melhor filme estrangeiro e melhor argumento original. O Coreano ainda enfrentou o elefante na sala e deixou agradecimentos a Tarantino e ao outro grande derrotado, Martin Scorcese, que acaba por ser a cara da derrota da Netflix, não trazendo uma única estatueta apesar das nomeações. O serviço de streaming que partia na pole position no que toca as nomeações acaba por trazer apenas algo relevante na melhor atriz secundaria de Laura Dern em Marriage Story.  A “redcarpet”, a fase inicial da cerimónia que faz as delicias dos espectadores de todo o mundo, teve como grande destaque o movimento “Red Carpet Green Dress”, impulsionado pela mulher do actor James Cameron, Suzy Amis Cameron. As tendências não variaram muito dos padrões clássicos e das cores branco, preto e cor de rosa. Os colares também foram um dos pontos brilhantes da noite, usados por Greta Gerwig, Florence Pugh, Gal Gadot e Charlize Theron, elas que foram eleitas pelo site dos Oscars as mais bem vestidas, assim como Natalie Portman, que trouxe um vestido preto Dior com os nomes das realizadoras femininas que este ano não foram nomeadas, sendo que o principal destaque da passadeira foi para Scarlett Johansson com um vestido prateado do estilista Oscar de la Renta.

7ª Edição dos Prémios E! Red Carpet

7ª Edição dos Prémios E! Red Carpet

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Lisboa voltou a encher-se de brilho para receber o maior evento do Canal E! em Portugal. A cerimónia de entrega dos Prémios E! Red Carpet 2020 contou com a presença de Lee Raftery – Diretor-geral da EMEA da NBC Universal International Networks) – e com a atuação da cantora lírica Liza Veiga. Os vencedores foram anunciados numa passadeira vermelha, repleta de estrelas, pelo ator Ricardo Carriço.

 

E os premiados de 2020 foram:

 

  • E! Revelação – Isabela Valadeiro;
  • E! Influencer – Ana Rita Clara;
  • ECarreira – Eunice Muñoz;
  • EMúsica – Mary N;
  • E! Icon – Leonor Borges;
  • E! Red Carpet Homem – Paulo Pires;
  • ERed Carpet Mulher – Cristina Ferreira;

 

Desde 2014 que os Prémios E! Red Carpet celebram o melhor da cultura pop portuguesa. Os jurados desta 7ª edição foram Conceição Queiroz, João Rolo, Luís Represas, Manuela Couto, Nuno Gama e Raquel Prates. A edição deste ano ficou ainda marcada por diversas novidades, entre elas, o E! Icon, um novo prémio concedido pelo público, através de uma votação online.

FÉRIAS EM FRANÇA

FÉRIAS EM FRANÇA

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A nossa primeira viagem a França foi a Paris, em 1961, de avião, vindo de Londres. Estava em Paris parte da família Alcobia de Sousa (os pais, Marilé e Vergílio de Sousa, e o filho José António, nosso colega no Liceu Francês, de Lisboa). Na época tínhamos o fascínio dos grandes “cabarets” parisienses (Lido, Folies Bergère, Moulin Rouge, etc.) e dos seus espetáculos de “strip tease”. Dado haver sessões contínuas até altas horas da noite, passávamos dum “cabaret” para outro e, praticamente, não tivémos tempo para visitar os monumentos da cidade.

Quatro anos depois voltámos a França para assistirmos ao casamento do nosso primo segundo, Carlos Manuel Mattos e Silva Neves (filho duma prima direita do nosso pai, Maria Elisa, senhora da Casa do Capitão-Mor, em Vila de Rei, e do médico analista João Germano Neves da Silva, o qual estava relacionado com uma conhecida família de Abrantes: os Moura Neves) com a nossa futura prima Marie France Guillemin, em cuja casa de família, nos arredores de Paris, decorreu o casamento. A família seguiu toda junta para França, num cómodo autocarro de turismo especialmente fretado para o efeito, enquanto nós seguimos uns dias mais tarde, de combóio, no Sud Express, dado termos um exame a efetuar no Instituto Superior Técnico quando da partida do autocarro. A viagem de combóio foi bastante interessante dado termos tido um curto romance com uma companheira de viagem, cerca de vinte e anos mais velha do que nós. O regresso foi efetuado de autocarro, destacando-se do grupo a muito animada Cuca Viana, amiga dos noivos. Nessa estadia em França foi-nos, finalmente, possível visitar os principais monumentos de Paris.

Sete anos mais tarde voltámos a Paris para visitar uma amiga, Carla Pereira da Silva, que por lá se encontrava a estudar. Foi uma possibilidade de conhecer a boémia noturna da cidade. Tempos depois, numa nova viagem a Paris, encontrámos casualmente, na rua, a Guigui Alves Barata que nos levou a dançar no “Chez Castel”, discoteca bastante privada mas onde o padrasto da Guigui, António Formigal, era pessoa conhecida, o que nos permitiu entrar sem o problema de sermos barrados à entrada. Por essa altura também estivemos com o Manuel Serzedelo de Almeida que trabalhava, então, para a Societé Generale. Nesse mesmo período também fomos jantar a casa de Ana Sofia e do Carlos Monjardino, o qual era então um gestor importante dum Banco de Manuel Bullosa.

Nos anos setenta do século XX fomos algumas vezes a La Rochelle onde vivia a nossa sobrinha Teresa Barradas Martins Bourgois. Estivémos com a sua mãe, Maria Helena Barradas, e visitámos muitos locais pré-históricos da Bretanha (alinhamentos de Carnac, dolméns de Gravigny e de Kercado, etc.), fomos nadar nas praias da Ilha de Ré e de Biarritz, tendo visitado também cidades como Rennes e Nantes.

Na década de oitenta do século passado regressámos a Paris, tendo ficado alojados no magnífico apartamento junto ao Sena, no Quai de Grenelle (Rive Gauche), do nosso amigo Sebastião Marques de Almeida. Ficou-nos na memória um jantar só de ostras num dos principais restaurantes de Paris, o “La Coupolle”, em Montparnasse.

Alguns anos mais tarde, na companhia dos nossos primos Clara e Eduardo Cansado de Carvalho, estivemos em Paris a caminho duma visita aos Castelos do Loire. Recordamos um célebre almoço no restaurante “Fouquet’s”, nos Champs-Elysées, onde estava uma família com um pequeno cão. Subitamente, entra uma rapariga jovem com um cão grande pela trela o qual, ao avistar o outro cão, acometeu sobre ele. Houve uma enorme algazarra, a jovem caíu no chão por não ter conseguido suster o seu cão e tudo acabou como se se tivesse tratado dum acidente rodoviário: trocando apólices de seguros entre os donos dos cães.

Numa outra visita a França fomos fazer ski na estância de Val-d’Isère, ficando instalados no Club Med.  O grupo era extraordinariamente divertido contando com Teresa e João Pedro Campos Henriques, Isabel e Quim Machaz, Teresa e Henrique Carvalho Maia, Isabel e Eduardo Mello Perestrelo, António Carrapatoso, Zinha Galvão de Sousa, entre muitos outros. Para além da parte desportiva, o “aprés-ski” foi muito animado.

Fomos, nos anos noventa, a um casamento de amigos franceses, em Orleans, integrados num grupo em que pontificava Tchoupette Beerten. Para além dos festejos relacionados com o casamento, fizemos bastante turismo naquela região.

Visitámos o Norte de França, particularmente as praias do desembarque da Normandia (Omaha, por exemplo) e o Mont Saint Michel, inseridos num grupo de portugueses residentes em Macau do qual se destacava, pela sua boa disposição, Varna de Gião.

Estivémos também em Cuts, em representação da Associação Portuguesa de Atrelagem (da qual éramos vice-presidentes), na reunião de constituição da Associação Internacional de Atrelagem de Tradição, cujo primeiro presidente viria a ser o Barão de Langlade. A representação portuguesa incluía, ainda, Helga e José Alexandre Matos, Graça Sobral, etc. Aproveitámos a oportunidade para visitar vários locais do centro e Sul de França, como as grutas com pinturas rupestres de Lascaux II (com as suas pinturas de bovídeos), de Pêche Merle (com o seu célebre cavalo pintado) e de Rouffignac (com as suas representações de mamutes), a catedral da Albi, Pont du Gard, Nimes, etc.

Voltámos ao Sul de França, anos mais tarde, num cruzeiro a bordo do “Funchal” com Piedade e Miguel Polignac de Barros, Ana Teresa e Luís Cabral Moncada, Graça Sobral, Teresa Raquel Santos, José Caetano Pestana e muitos outros. Visitámos, então, vários locais da Côte d’Azur, entre os quais Saint-Tropez, Cannes, Nice e Mónaco.

Estivémos uma vez mais em Paris, em casa de Binha d’Orey Rolo e do Duarte Ramalho Ortigão (este, ao tempo, embaixador de Portugal junto da Unesco) e frequentámos a nossa embaixada bilateral onde estavam os nossos amigos belita Leite Pinto e António Monteiro. A festa de despedida do embaixador António Monteiro reuniu inúmeras personalidades portuguesas a viver em Paris, como Isabel de Bragança, Leonor Ramires Herédia, etc. Na altura estava na cidade uma exposição relacionada com Pablo Picasso que pudémos visitar, bem como uma passagem de modelos de Elie Saab, no Palais du Trocadéro.

Mais recentemente, na companhia da nossa filha Catarina e dos nossos netos Laura e Martim, voltámos a Paris e visitámos, também, a Eurodisney e o Parc Astérix.

O ano passado, com o nosso filho Duarte e os nossos netos Vasco e Clara, saímos da sua casa em Genève e seguimos de automóvel para França, visitando Annecy, as Salines Royales, Bésançon e Dijon. Nesta última cidade ficámos impressionados com a imponência do Palácio dos Duques de Borgonha (uma filha do nosso rei D. João I, Isabel de Portugal, foi casada com o Duque Jean, “Le Bon”, e mãe de Charles, “Le Temeraire”) e com a beleza dos túmulos dos primeiros duques (Philipe, “Le Hardi” e Jean, “Sans Peur”).

Também tivemos oportunidade de fazer viagens de trabalho a França. Numa delas, na companhia de engenheiros e arquitetos (nestes liderava Pedro Bello Ravara), tivémos reuniões com uma empresa sediada em Le Mans, tendo aproveitado para visitar várias localidades entre Paris e Le Mans e, nesta, o célebre circuito automóvel.

Mais tarde, inseridos num grupo que incluía engenheiros portugueses (da CP) e técnicos duma empresa francesa (Soletanche-Bachy), visitámos as obras de construção do Túnel da Mancha, obra notável da engenharia europeia.

Estivémos, ainda, em Paris, com o nosso sócio Artur Pinto Ravara, para negociações com a SNCF.

O facto de estarmos incluídos no consórcio luso-francês que realizava a revisão do projeto do Aeroporto de Macau, consórcio liderado pelos Aeroports de Paris, permitiu-nos efetuar várias outras visitas à capital francesa e seus arredores, como Versailles e o Château de Thoiry (com o seu interessante parque zoológico).

José Mattos e Silva